quinta-feira, 15 de março de 2007

o que nós não sabemos

Quando se fala em ciência fala-se sempre em Einstein e tudo porque em 1905 ele lançou cinco teorias em cinco diferentes domínios da física, nomeadamente a Teoria da Relatividade Restrita e uma outra da qual ele não gostava particularmente, que falava de quantidades quânticas (logo muito pequenas) de luz, que se passaram a denominar fotões. Estes resultados valeram-lhe o prémio Nobel, mas não convenceram de imediato os cientistas. Na verdade os resultados obtidos experimentalmente com os fotões eram tão absurdamente estranhos (e ainda o são) que Einstein o recusou. O paradoxo de Einstein, Podolsky e Rosen, o paradoxo EPR foi uma tentativa de mostrar que a mecânica quântica não fazia sentido. Hoje continua a ser estranha, mas os resultados são aceites.
O que é que é estranho? Acontece que alterações numa parte de um fotão aqui podem produzir alterações na outra parte desse fotão, a muitos quilómetros de distância em tempo instântaneo. No imediato. Isto é, muito mais rapidamente que a velocidade da luz - se é que se pode falar sequer em velocidade. É por isso que Einstein se recusava a acreditar nesta teoria, é um resultado que ainda não se entende bem.
Esta e outras coisas sobre computação e criptografia quântica foram explicadas numa conferência a que eu assisti hoje e que me deixou cheio de vontade de investigar um pouco sobre o assunto. As potencialidades dos computadores quânticos? Podem quebrar todos os sistemas de segurança alguma vez feitos até hoje. É íncrivel o quanto nós não sabemos.

Um comentário:

Beatriz disse...

E já pensaste que tu próprio te reduzes a bioquímica, a reacções químicas, a átomos e moléculas, a nuvens electrónicas a rodear núcleos... Mas serás tu mesmo só um amontoado de partículas, pura fisiologia?

(não penses tanto que ficas velho mais cedo :P)

bjs, Bia